Autor do Mês: Pedro Bandeira

Antigo Especial do Mês, esta coluna é uma singela homenagem a nossos amados escritores, com uma breve biografia e curiosidades, vocês poderão conhecer um pouco mais sobre cada homenageado do mês.

Olá :)

Ao dar início a construção desse artigo me deparei com diversas lembranças da minha infância e adolescência, pois esse autor do qual irei contar um pouco de sua trajetória, me faz relembrar as tardes na biblioteca da escola lendo “clássicos” da literatura juvenil como “Agora estou sozinha”,”A droga da obediência”, “A marca de uma lágrima”. Pelas obras citadas já sabe de quem estou falando: Pedro Bandeira.

O autor de literatura infantil que mais vendeu no Brasil, Pedro Bandeira de Luna Filho, nasceu em Santos em 9 de março de 1942, morou lá até 1961 quando foi para São Paulo se dedicar ao teatro amador e estudar Ciências Sociais na conceituada Universidade de São Paulo – USP.

Em Santos se dedicava ao teatro amador, onde era pupilo da grande e saudosa Patrícia Galvão, a Pagu (escritora, diretora, poeta e militante). Ao chegar em São Paulo se dedicou ao teatro profissional, trabalhando como diretor e cenógrafo, por incrível que pareça Bandeira também deixou sua marca no teatro de bonecos e protagonizou comerciais para televisão.

Começou escrever histórias para crianças em 1972, estas eram publicadas em revistas e vendidas em bancas. Em 1983 Pedro Bandeira deu um novo passo na sua carreira: escreveu uma história em formato de livro chamado de “O dinossauro que fazia au-au”. 

Mas foi com a obra “A droga da obediência” que ganhou notoriedade, esta vendeu 1,5 milhão de exemplares até 2010. O livro faz parte da coleção “Os Karas” que são obras onde temos em comum os cinco protagonistas, os títulos desta coleção são: “Droga da Obediência”, “Pântano de Sangue”, “Anjo da Morte” “A Droga do Amor” e a “Droga de Americana”. 

Após conquistar o sucesso com “A droga da obediência”, Pedro se dedicou apenas a sua carreira de escritor, lançando sucessos como “Agora estou sozinha”, “O fantástico mistério de Feiurinha” – que ganhou uma adaptação cinematográfica, péssima por sinal, e o meu preferido “A marca de uma lágrima”.

Pedro Bandeira foi ganhador de prêmios como APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, e o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.

A última obra foi em 2012 e chama-se “A mentira cabeluda”, ainda não tive a oportunidade de ler, assim que tiver um tempinho farei a leitura.

Pedro Bandeira me cativou pois lembra uma fase muito importante da minha adolescência, lembro-me ainda qual a sensação que senti ao chegar ao final do livro “A marca de uma lágrima”, fiquei semanas pensando na história e discutindo com as amigas o destino da personagem principal. Hoje quando vejo aquele livro empoeirado na estante, ainda com as dobras e marcas de café, vejo que 8 anos se passaram desde a minha primeira “paixão literária” como eu costumo chamar os livros que me encantam.

Por isso, Pedro Bandeira é tão importante para mim, me faz reviver momentos bons do aflorar da minha adolescência e principalmente do meu gosto pela leitura.

Conheça mais sobre o autor: http://www.bibliotecapedrobandeira.com.br/ 

Janaína Ajala, paulista, tem 19 anos. É louca por livros e séries, e completamente apaixonada e viciada em Rock’n Roll.