[Domingo Cult, por Tullia Maria] Pollyana, de Eleanor H. Porter

9 comentário(s)

Sinopse: A pequena Beldingsville, uma típica cidadezinha do início do século XX na Nova Inglaterra, Estados Unidos, nunca mais seria a mesma depois da chegada de Pollyanna, uma órfã de 11 anos que vai morar com a tia, a irascível e angustiada Polly Harrington. Por influência da menina, de uma hora para outras tudo começa a mudar no lugar. Tia Polly aos poucos torna-se uma pessoa melhor, mais amável, e o mesmo acontece com praticamente todos os que conhecem a garota e seu incrível "Jogo do Contente". Uma otimista incurável, Pollyana não aceita desculpas para a infelicidade e emprenha-se de corpo e alma em ensinar às pessoas o caminho de superar a tristeza.


“Mas existe... existe, sim, um motivo para ficar contente”

Será que é possível, mesmo em situações difíceis, vislumbrar o lado bom da vida? Por que nunca ficamos satisfeitos com aquilo que temos? Foi a partir de algumas dessas questões que Eleanor Porter escreveu, na década de 1910, o romance juvenil Pollyanna.

A história gira em torno de Pollyanna Whittier, uma norte-americana que, aos 11 anos de idade, fica órfã de pai. Depois dessa perda, ela vai morar em Beldingsville com a tia Polly Harrington, irmã da sua também falecida mãe, que apenas a acolhe porque considera isso um dever.
Apesar de ser tratada com indiferença pela tia (que nunca aceitou o casamento da irmã com o pai de Pollyanna), a menina jamais considera que Miss Polly não goste dela e considera, inclusive, que a proibição de falar no nome do pai, seja para o seu bem. Já Nancy, a empregada da casa (que logo se afeiçoa à garota), surge em defesa da garota, colaborando para que o ambiente se torne um pouco mais acolhedor.
Pouco a pouco, Pollyanna vai encantando a todos os moradores da cidade, conhecendo suas histórias e ensinando-os o jogo do contente. Mudanças incríveis acontecem na vida de Mrs. Snow e Mr. Pendleton, o que faz com que o médico da cidade, Dr. Chilton, chegue a “receitá-la” para seus pacientes que precisam de um pouco de alegria.
Entretanto, durante uma de suas saídas, a garota é vítima de um terrível acidente de carro que a faz perder o movimento das pernas. Será que mesmo em meio a essa difícil situação Pollyanna conseguirá reagir com otimismo? Ou o seu “jogo do contente” será deixado de lado? Vale à pena dedicar um tempinho ao livro para descobrir as respostas.
Apesar de escrito há quase cem anos, Pollyanna pode ser considerado um livro bastante atual, devido à sua temática: a dificuldade de nos satisfazermos com o que a vida nos oferece. Encontramos personagens que são privados de muitas coisas (bens materiais, saúde, companhia), mas que acabam percebendo que tudo depende da maneira como enxergamos a vida.
Escrito originalmente para o público infanto-juvenil, Pollyanna tem a capacidade de encantar a todas as idades com uma linguagem simples e uma protagonista que transparece otimismo. O “jogo do contente” apresentado na obra conseguiu (e consegue) encantar diversas gerações que, com toda a certeza, tentaram praticá-lo. Apesar de não conseguirmos manter o otimismo da protagonista, o fato de enxergarmos a vida cada vez menos como apenas um conjunto de deveres já faz com que a leitura tenha sido extremamente proveitosa.
A amizade também ocupa um papel de destaque na trama, já que Pollyanna conseguia se relacionar muito bem com todos, se preocupando com seus dilemas e conversando com eles. Em um mundo em que impera o egoísmo, isso surge como uma “pontinha” de esperança e como um alerta: é preciso resgatar o valor da amizade, do companheirismo e do altruísmo.
Outro ponto importante enfatizado pela história é a capacidade que nós temos de transformar a realidade. Quantas e quantas vezes acreditamos que sozinhos não poderíamos mudar nada? Pois Pollyanna nos mostra que isso é possível, ao disseminar uma nova maneira de enxergar a realidade que melhora a vida dos moradores de Beldingsville. Isso também se torna claro quando ela consegue ajudar Jimmy Bean, garoto órfão que se transforma em seu grande amigo, a encontrar um lar.
Pollyanna não é apenas mais um livro de auto-ajuda, já que se trata também de um romance. A história é bem construída e as tramas simplesmente aguçam a nossa curiosidade. Em alguns momentos pode até ser um pouco cansativo, mas a história da menina que vê o lado positivo da vida faz com que continuemos com vontade de desvendar a obra, o que acaba nos garantindo bons momentos de risos e reflexão. Com um desfecho emocionante, a obra deixa o leitor com um “gostinho de quero mais” que poderá ser saciado com a continuação da história, Pollyanna Moça.

9 comentários:

Joshua Guimarães disse...

Amei a resenha e estou ansioso para ler o livro. Já ouvi muitas críticas positivas sobre o livro, e estou com muitas expectativas.

Um beijo,
Joshua - Blog Pensamentos do Joshua

Vanessa Vieira disse...

Parabéns pela resenha Rafa! Estou ansiosa para ler Pollyanna! Beijos!

Caue1507 disse...

parece ser um livro super interessante, nunca tinha visto nada parecido antes.. eu sempre tento ser otimista, mas tem momentos que simplesmente... não da. vou procurar esse livro para ver se consigo melhorar esses momentos! *-*

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hangover at 16

Unknown disse...

A capa me é conhecida, mas acho que nunca vi uma resenha desse livro, Rapha. Gostei muito da sua opinião e a história me interessou. Não vou nem procurar pra ler no momento pq já estou sobrecarregada, mas fica aí a dica, pra quando eu estiver com tempinho sobrando rs

Bjs,
Kel
www.itcultura.com

Mi disse...

Nunca eu li Pollyana :O
Adorei a dica!

:*
Mi
Inteiramente Diva

Tullia Maria disse...

Vim agradecer os comentário de vocês!! Muito obrigada por lerem a Domingo Cult!!

Joshua: Obrigada! Espero que goste do livro... Pelo menos a mensagem que ele transmite é muito boa... :)

Caue: É interessante mesmo... Acontece a mesma coisa comigo!! Não dá pra dar tudo certo sempre, né? Quem sabe você não consegue fazer o jogo do contente?? ;D

Mi: Pode ler agora... Obrigada! ^^

Kel e Vanessa: Deixo pra Rapha responder vocês!^

Beijos!!

Unknown disse...

Nunca tinha ouvido falar de Pollyana! Uma pena! Parabéns pela resenha meninas!!!

Um beijo,
Nica

Rapha disse...

Oi geente ^^

A Tullia arrasa nas resenhas, né?
Eu sou doida pra ler Pollyana, vou ver se o compro este ano.

Beijão!

Tullia Maria disse...

Mais comentários?? haha Vim reponder...

Nica: Obrigada! Então tem que ler... Pelo menos pra aprender o Jogo do Contente! ^^ Beijoo

Rapha: hahaha Obrigada por me colocar pra cima!! ;D Leia mesmo... E se gostar, compra a continuação, apesar de achar o 1º melhor! Beijoo

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