Resenha: As Aventuras de Pi, de Yann Martel

3 comentário(s)

As aventuras de Pi” (em seu título original, Life of Pi), de Yann Martel, certamente deu o que falar nos últimos meses, especialmente com a estreia da adaptação literária para os cinemas neste ano. Até hoje, é possível ver centenas de exemplares deste livro estampando as prateleiras das maiores livrarias do país, com seus inconfundíveis tons de laranja.

Meu primeiro contato com este livro se deu graças à indicação de uma das colunistas do Doce Encanto, que escolheu “As aventuras de Pi” para ser objeto de debate de nosso clube do livro. Quando iniciei a leitura do livro, me pareceu que este livro laranja me perseguia em todos os cantos, pois o enxergava em todo lugar. E quando soube da adaptação cinematográfica de Ang Lee, quis acelerar a leitura.

Ah, a leitura! Devo dizer que a leitura de “As aventuras de Pi” não é a das mais fluidas. A narrativa é bastante lenta, o que nos transmite uma agonia, um sofrimento bem peculiar. A essa altura, vocês já devem saber que o livro trata do período em que Pi, um jovem indiano, passa em alto-mar após o naufrágio de um navio que transportava sua família e os animais do zoológico de seu pai. E é bem por isso mesmo que a narrativa nos consome. Sofremos com ele, naquela solidão em meio a uma imensidão de água.

Confesso que meu coração apertava-se enquanto eu realizava a leitura, especialmente quando me deparava com a cena de morte de algum animal, o que me deixava bem transtornada. Quanto sofrimento! Eu me compadecia por cada momento de dificuldade que Pi enfrentava, ou por cada animal que tinha o sangue derramado naquele mar aberto.

Não há dúvida que este livro de Yann Martel nos permite refletir muito sobre solidão, sobre persistência, sobre independência. Contudo, “As aventuras de Pi” tornou-se, para mim, um belo ensinamento sobre a fé. A fé que nos ensina a não fraquejar, que nos ensina a acreditar no extraordinário.

A linguagem não é a das mais fáceis, entretanto, isto não impediu que me sentisse tocada por esta personagem que vela por tantas religiões em busca de um Deus (ou vários) que lhe proteja e que lhe dê no que acreditar.

Obviamente, este livro nos apresenta a história de um sobrevivente, no entanto, o modo como ele escolheu sobreviver, os artifícios que utilizou para enfrentar suas próprias feras é que tornam este livro encantador.

Resumindo a ópera (ou, neste caso, a obra), recomendo a leitura e também a adaptação cinematográfica.

Espero que gostem!
Contem-me depois o que acharam e também se preferiram o livro ou o filme!
Abraços.

Por Daniela de Souto Inocêncio. 24 anos, formada em Letras – Português, mora em Brasília. Deslumbrada por livros e música, fez dos primeiros sua profissão e primeiro amor e, da segunda, sua paixão.

3 comentários:

Carolina Inthurn disse...

Eu tenho o filme e já peguei o livro também! Agora só me resta esperar um pouco e pra ter um tempinho para ler :3
Realmente, é um livro que nos faz refletir.
Beijos

http://estantedasfadas.blogspot.com.br/

Luísa disse...

Assisti ao filme e sou louca para ler o livro, principalmente depois que li críticas falando bem do filme, mas que "não supera de forma alguma o livro". Chorei no filme e aposto que chorarei no livro, mas a história vale a pena. xD

Beijos :D

thaila oliveira disse...

um dos poucos filmes que vi que me inspira a ler o livro que da a base!

http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br

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