Entrevista: Daniela Niziotek

17 comentário(s)
Bom diiia leitores e leitoras do Doce Encanto ;D

Estão vendo essa bela moça aí em baixo?! 
Ela é Dani Niziotek e apesar do rostinho "ingênuo", é a escritora do pôlemico e tenso livro "Paixão, Drogas e Rock'n Roll". 
Só para constar, este livro entrou pra minha lista de PREFERIDOS MASTER! (resenha aqui).

[...] é preciso certa “experiência emocional” para poder vivenciar “Paixão, drogas e rock’n’roll”. Não é um texto simples do ponto de vista emocional, costumo brincar que é para os românticos, as artistas e os loucos (rs).
Daniela Niziotek, sobre sua obra Paixão, Drogas e Rock'n Roll.


01. Olá Dani, a primeira pergunta é bem clichê, mas é sempre bom conhecer um pouco melhor sobre vocês, autores: “Quem é Daniela Niziotek?”
Pode ser clichê, mas é a mais difícil de responder. O problema de dizer algo sobre você mesmo é que as pessoas geralmente acreditam e passam a te definir pelo o que você disse. Como estou sempre me “revisitando” tendo a não me reconhecer nas minhas próprias declarações anteriores (rs). Bem, acho que só isso já diz bastante sobre quem sou eu...
02. Paixão, Drogas e Rock'n Roll é seu primeiro trabalho como escritora? De onde veio a inspiração?
É meu primeiro trabalho publicado na área de ficção. Tenho alguns trabalhos técnicos publicados (psicanalíticos) e esboços não publicados também em ficção.
Eu tinha um sonho recorrente que me incomodava um pouco e decidi escrevê-lo para exorcizá-lo. Foi assim que nasceu “Paixão, drogas e rock’n’roll”.

03. Você é psicóloga, especializada em psicanálise. Isso te ajudou a desenvolver a história de amor (perturbada) entre Vicky e Brian?
Então, tento ser analista apenas no setting analítico, mas, infelizmente, me carrego onde quer que eu vá (rs).
Não acho que tenha interesse nas pessoas e suas relações por ser analista, mas por ter interesse nas pessoas e suas relações me tornei analista entre outras coisas.

04. Durante a leitura de PDRR, consegui perceber a intensidade do sentimento que havia entre o casal principal (Vicky e Brian), mas algumas resenhas pela blogosfera acharam que tudo acontecia muito rápido: uma hora estavam se odiando e no momento seguinte já se amavam. Como você lidou com essas “críticas”?
Veja, quando você decide publicar algo, isto se torna público, não é mais seu e cada pessoa lê um livro, assiste a uma peça ou vive a vida de acordo com suas possibilidades.
Dito isto, acho que há algumas considerações quanto à “uma hora estar de um jeito e na hora seguinte de outro”; é um livro sobre pessoas reais, com suas loucuras e ambivalências características às pessoas de verdade. Infelizmente todos nós temos muita dificuldade em lidar com ambivalência, nos outros e em nós mesmo, então entendo a “dificuldade emocional” de acompanhar Brian e Vicky, para fazê-lo é preciso agüentar a ambigüidade.
Em uma das vezes em que escreveram sobre PDRR disseram que para entendê-lo é preciso já ter se apaixonado pelo menos uma vez na vida. Eu concordo com isso, é preciso certa “experiência emocional” para poder vivenciar “Paixão, drogas e rock’n’roll”. Não é um texto simples do ponto de vista emocional, costumo brincar que é para os românticos, as artistas e os loucos (rs).

05. Ainda sobre PDRR. Tira uma curiosidade minha (rs): após terminar a leitura, escutei a música “Bem que se quis”, da Marisa Monte, e achei que era a cara da história! Essa música e o livro têm realmente alguma relação ou é mera coincidência?
O trecho da música que você separou na sua resenha é perfeito, né?
Não pensei nessa ou em alguma outra música enquanto escrevia o livro, mas confesso que depois de escrevê-lo, ao ouvir aquele pedacinho de “Bem que se quis”, também me lembrei imediatamente de Brian e Vicky. Na verdade muitas coisas me lembram a história a todo o momento, assisto ao “Fantasma da ópera” me emociono e lembro-me de Brian e Vicky, ou ouço “Quem de nós dois” e lembro de novo. Como pode ver, minha tentativa de exorcismo, não funcionou muito (rs).
O que me consola é que muita gente vivencia “Paixão, drogas e rock’n’roll” assim. As pessoas me dizem que ficam relembrando a história dias, meses depois de ler; que são levadas de volta ao livro a cada musica filme ou livro que lêem, se emocionando de novo, tentando mais uma vez elaborar a experiência emocional que foi ler PDRR. Quando as pessoas me escrevem para contar isso, eu recebo como um presente, pois, mais do que entreter, acho que arte tem que emocionar.
Eu fico muito grata quando leio um livro, vejo um filme ou assisto a uma peça e isso me tira o chão, me emociona e eu posso lembrar com carinho ou indignação anos depois.



06. [Sem soltar spoilers] Você, em algum momento, ficou com dó de dar aquele desfecho para a trama? 
Foi muito difícil encontrar um final para o livro. Eu lutei muito para encontrar um final diferente daquele, que me deixou desolada e inconsolável, mas infelizmente a história se escreveu sozinha e caminhou a revelia do meu desejo para aquele final.

07. Quais são seus próximos projetos? Tem algum novo livro em mente?
Tenho alguns esboços, mas, sinceramente, não sei se quero publicá-los. Vocês não tem idéia da loucura que é publicar um livro nacional sem muito dinheiro ou influência. Ando um pouco desanimada com o mercado literário nacional, mas, tudo é possível.

08. E quanto a Dani leitora... você lê muito? Tem algum gênero e autor preferido?
Leio muito, provavelmente menos do que poderia, mas sou muito eclética.
No momento estou lendo “Minha irmã, meu amor” da Joyce Carol Oates, mas vou, tranquilamente, de Vargas Llosa à Sophie Kinsella.

09. Dani, super obrigada por ter aceitado participar desta entrevista. Foi uma honra ter lido seu livro. Pode aproveitar esse espaço e deixar uma mensagem a seus leitores e aos do Doce Encanto.
Leiam, comentem, comprem, emprestem , presenteiem. Vamos fazer diferença e dar uma chance à literatura nacional!

10. Para finalizar, vamos fazer um bate-volta?

- Felicidade é: um momento
- Filme inesquecível: Vicky, Cristina e Barcelona
- Livro preferido: Não sei. O meu? (rs)
- Uma música: All I ask of you
- Uma Comida: japonesa, tailandesa ou indiana
- Uma pessoa: minha filha
- Seu maior sonho é: ver “Paixão, drogas e rock’n’roll” nas telonas.

Dani, sucesso!

17 comentários:

Vanessa disse...

Hey (:
Adorei a entrevista. Eu to louca para ler o livro dela, todo mundo fala super bem.

Beijos, Vanessa.
This Adorable Thing

Bruna Morgan disse...

Está na lista dos livros que eu quero ler *-*
http://bruna-morgan.blogspot.com

Caue1507 disse...

mto lgl a entrevista, a autora eh super simpática! ainda não conhecia o livro mas soh pelo nome parece otimo! *-*

--
hangover at 16

Mi disse...

Oi Raphinha!
Adorei a entrevista, viu?!
Tenho muita vontade de ler esse livro... Deve ser maravilhoso!

:*
Mi
Inteiramente Diva

Just Books disse...

Muito legal a entrevista, eu ainda não li o livro da autora, mas ouço vários elogios quanto á ele e morro de vontade de ler. Adorei!

Bj;*
Naty.

Ana Ferreira disse...

Raphinha,

Achei a entrevista da Dani muito bacana, dá para perceber o quanto carismática é a autora.
Ainda não li "Paixão, Drogas e Rock'n'roll", mas tudo me leva a crer que a profundidade sentimental é muito ampla e intensa, mexendo com esses caminhos tortuosos do coração humano rumo à paixão.

Beijinhos,
Ana - Na Parede do Quarto

Unknown disse...

adorei a entrevista, e concordo muito com a autora, o mercado editorial nunca foi fácil, principalmente para pessoas como nós que não tem dinheiro ou influencias.

Mas acho que ela pode continuar tentando, confesso que não i o livro ainda, mas ele esta nas minhas metas rsrs

adorei a entrevista a autora parece ser muito simpática e assim que eu ler o livro ajudo com uma resenha lá no blog :)

http://blog.vanessasueroz.com.br

Rapha disse...

Oi Van ;D
Eu adorei, mas se prepara que é bem intenso (ou tenso, depende do seu gosto, rs)

Beijocas

Rapha disse...

Não vai se arrepender! ;P

Rapha disse...

Caue, o livro é mto bom!!
Mas pra vc entender a essencia da trama tem que ter uma bagagem emocional já, se nao vai poder achar uma coisa superficial, enfim, eu indico mto a leitura, pq eu amei, chorei por uns 20 minutos seguidos após terminar a leitura hahaha

Beijocas

Rapha disse...

Oi Miiiii :D
E é, tenho certeza que vc ia ter a sensibilidade que o livro pede pra vc entender toda intensidade dele, acho que vc ia amaar! rsrsrs

Beijocas

Rapha disse...

Naty, se tiver oportunidade leia, e se nao tiver, corre atrás hahaha é sério, indico pra td mundo!!

Beijocas

Rapha disse...

É sim Aninha!
Exatamente, é mto profundo, acho que se vc lesse iria adorar tbm! *-* Flor, vc nem sabe onde é que a autora mexe.. mas posso te garantir uma coisa: é angustiante!

Beijocas

Rapha disse...

Infelizmente é a triste realidade, né Vanessa?
Quem pode, pode, sempre foi assim, mas sendo sincera, tenho visto uma mudança favoravel aos autores nacionais, espero que nao seja apenas impressao minha pq ja li livro mto bons que não tem o devido reconhecimento, tampouco divulgação.. eu tento fazer minha parte, mas sei que ainda é pouco ;/

Leia sim, dps me fala o que achou!!

Beijocas

Entre Fatos & Livros disse...

OI Rapha!
PDR foi um dos melhores livros nacionais que eu li em 2011,bem escrito e o final me conquistou, apesar de me deixar abalada. Bem que se quis, assim como Quem de nós dois, fazem uma trilha sonora perfeita. Eu posso lembrar da história perfeitamente só de cantarolar a música. Desejo mta sorte para a Dani, ela é uma fofa e mto talentosa.

BjoO
Pri
Entre Fatos e Livros

Uma garota qualquer disse...

Terminei de ler meu livro hoje PDRR, o final eu chorei por a Vicky não ficar com o Brian eu achei uma injustiça kkkkkk mais amei o livro demais, ele me passou muitas emoções como se eu estivesse sendo a Vicky e também chorei demais, podia ter uma continuação, um filme ou uma serie. Acho que vou ate reler o livro pois ele é perfeito!

Rapha disse...

Olá "uma garota qualquer" hehehe Eu tbm chorei mtoooooooo, me deu um aperto no peito! Deu vontade de reler tbm! É um dos meus livros preferidos #amodemais!

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